Cobranças à Secretaria de Defesa Social sobre a elucidação de crimes ocorridos em Pernambuco pautaram a reunião da Comissão de Segurança Pública, nesta quarta. O deputado Fabrizio Ferraz, do Solidariedade, apontou delitos que aconteceram em 2024 e que permanecem sem resposta da investigação.
Ele citou, por exemplo, o assassinato de Walmir Calaça, conhecido como “Chapada”, morto a tiros em novembro do ano passado, em Floresta, no Sertão de Itaparica. Ferraz lembrou que, na época do crime, enviou um ofício à Secretaria, solicitando que um delegado especial fosse ao município para apurar o fato, mas não foi atendido.
O parlamentar exigiu também providências sobre o caso que ocorreu em Pesqueira, no Agreste Central, onde um mototaxista conhecido como Uara, foi sequestrado e torturado. De acordo com Fabrizio Ferraz, após o crime, os moradores do município vivem com medo de sair de casa.
O parlamentar pediu que o tema seja prioridade e demandou aos membros da comissão encontros com a Secretaria de Defesa Social. “Gostaria também de pedir que a Comissão de Segurança Pública entrasse junto conosco nessa discussão, nessas tratativas para que a gente possa trazer elucidação a esses fatos.”
O presidente do grupo, deputado Joel da Harpa, do PL, acatou o pedido de Ferraz e sugeriu uma audiência pública para tratar do tema. Para ele, várias famílias ainda vivem com a sensação de injustiça e decepcionadas com o trabalho dos órgãos de segurança. “A gente sabe que essa problemática da questão de elucidação de crimes em Pernambuco ainda é uma coisa grotesca. A gente precisa de fato, através dessa Comissão, cobrar da Secretaria de Defesa Social, dos órgãos de segurança, que possa ter um esforço maior, uma dedicação maior e o próprio Governo do Estado, um incentivo maior, sobretudo na área de elucidação de crimes, de tecnologias para a Polícia Científica, Polícia Civil de um modo geral.”
Ainda na reunião, o colegiado aprovou sete projetos de Lei. Entre eles, o que estabelece diretrizes para a capacitação de profissionais da segurança pública em relação à violência virtual contra a mulher. A proposta é de autoria da deputada Rosa Amorim, do PT.